Por que chegou a hora de mudar a política... 

21/07/2019

Por que chegou a hora de mudar a política...

O sistema político está falido e o brasileiro está cansado da polarização estéril. O cenário global mostra a importância da construção de alternativas com capacidade de diálogo.

A falência do sistema político no Brasil torna urgente a renovação da política e do contrato social em nosso país. O Estado brasileiro foi apropriado por interesses privados de indivíduos e corporações e se distanciou de sua obrigação constitucional de proteger e melhorar a vida de todos os cidadãos, independentemente de classe social, raça, gênero, idade ou credo. A população está exausta diante de um acúmulo de crises: moral, política, econômica e de segurança.

Os brasileiros têm razões para estar preocupados: a desigualdade cresceu, o desemprego está em quase 14% e cerca de um terço dos cidadãos dizem que deixariam o país se pudessem. A maioria de nós deixou de acreditar na mudança, enquanto muitos outros se tornaram apáticos. A política tradicional, os partidos e os atuais políticos estão em forte queda no imaginário dos eleitores. A pesquisa encomendada pelo movimento Agora! à Ideia Big Data, realizada em julho com 10 mil pessoas em todo o país, confirma o sentimento das ruas: 79% dos brasileiros concordam com a afirmação "gostaria muito de ver os cidadãos comuns (de fora da política), como professores, empreendedores, funcionários públicos concursados, trabalhadores da indústria, profissionais liberais, entre outros, candidatos em 2018".

>> Eles querem mudar a política

Na mesma pesquisa, 72% das pessoas responderam que não se importam se uma política pública é de direita ou de esquerda, desde que torne sua vida melhor. Outras 77% destacam que votam na pessoa e não se importam com o partido político - na Região Nordeste, esse percentual chega a 90%. Fica evidente o desgaste da polarização e a desconexão entre os políticos e partidos atuais e os problemas reais das pessoas.

A frustração com a política tradicional se estende muito além do Brasil. A decisão de 53% dos britânicos de votar para sair da União Europeia é um exemplo. Outro exemplo foi a inesperada eleição de Donald Trump em novembro de 2016. Terremotos políticos similares ocorreram na Hungria e na Polônia, tendo sido evitados por muito pouco na França e na Holanda. Para alguns especialistas, esta é uma reação daqueles deixados para trás pela globalização e pela automação. Outros dizem que é a reação às elites "alienadas da realidade". Tanto a história quanto o atual cenário global oferecem lições sobre a grande importância de uma alternativa política unificadora e inclusiva para o futuro do Brasil. Seja na Venezuela ou nos Estados Unidos, a polarização extrema está corroendo o meio-termo.

>> "Para mudar a política, é preciso reformar os partidos"

Há, no entanto, exemplos recentes de uma nova geração de políticos que oferecem uma visão mais convergente. Tanto que o REDE com a MARINA SILVA a frente, oferecem uma proposta inovadora que une a política formal a novos métodos e ideias. MARINA beneficiou-se da força tanto de sua forte base partidária como de seu legado familiar.  Pude conhecer de perto suas propostas que estimularam a imaginação do eleitorado, incluindo transparência radical e comprometimento com a diversidade e liberdades individuais. O REDE, relativamente desconhecido até a alguns anos atrás, lançou um novo movimento que mobilizou os brasileiros e propôs soluções pragmáticas para seus problemas diários.

>> Em meio à crise de confiança na política, jovens criam movimentos para promover a renovação do sistema partidário

O REDE SUSTENTABILIDADE oferece lições para a renovação da política no Brasil. A primeira é que a comunicação constitui uma via de mão dupla. Políticos frequentemente falam em vez de ouvir. Perguntar às pessoas suas opiniões e do que precisam foi uma característica fundamental. A segunda é construir bases comuns e alternativas à polarização. Ambos escolheram políticas e pessoas abertas ao diálogo de todo o espectro político.

>> A reforma política certa - e as várias erradas

A renovação política, econômica e social no Brasil requer um esforço coletivo de dentro e de fora dos poderes do Estado. O Brasil não será salvo por um herói. Em vez disso, mentes preparadas e bem-intencionadas dos mais diversos setores da sociedade e de todas as classes socioeconômicas serão necessárias para construir uma nova cultura política. Os valores dessa cultura devem ser orientados pelo bem público, pelo comportamento ético e pelo comprometimento com a inclusão.

O Agora! quer renovar a agenda pública e a ação política a partir de cidadãos comuns com experiência em áreas-chave e comprometidos com a reconstrução do país. Não fundamos um novo partido, mas uma plataforma que vai ajudar a implantar uma agenda de reformas visando a um país mais simples, humano e sustentável. O REDE! não está sozinho. Há sinais promissores de um novo ativismo político no Brasil. Professores, profissionais liberais, líderes comunitários, empreendedores sociais e líderes empresariais estão construindo movimentos na intenção de infiltrar-se num sistema dominado por partidos tradicionais compostos de velhos conhecidos. Entre eles estão o Acredito, a Bancada Ativista, o Quero Prévias, o Transparência Partidária, o Brasil 21 e o Construção.

Sob a bandeira Nova Democracia, esses grupos têm pautas em comum, incluindo o teto para doações individuais para campanhas, prévias e transparência nos gastos dos partidos, candidaturas independentes e o não ao distritão. Apesar de parecer mais simples que o nosso sistema atual, o distritão dificultaria ainda mais a renovação política no país. Por isso, é visto como tábua de salvação por muitos políticos ultrapassados, apegados ao poder e ao foro privilegiado.

Os brasileiros precisam de uma nova geração de líderes com coragem, responsabilidade, determinação para mudar o país e que unam as pessoas em lugar de dividi-las. Precisamos de renovação política com ética, propósito de mudança e propostas de qualidade. Chega de polarização - a hora é de diálogo, trabalho conjunto e construção.  


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